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quinta-feira, 11 de junho de 2009

1. "Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança no chamamento que recebestes" (Ef 4, 4).
Jesus, que há dois mil anos nasceu de Maria Virgem, quis deixar-nos na Última Ceia o seu corpo e o seu sangue, e se imolou pela humanidade inteira. Em torno da Eucaristia, sacramento do seu amor por nós, reúne-se a Igreja, seu Corpo místico. Cristo e a Igreja, um só corpo, um único e grande mistério. Mysterium fidei!
2. Salve! Verdadeiro Corpo de Cristo, nascido de Maria Virgem! Nascido na plenitude dos tempos, nascido de mulher, nascido sujeito à lei (cf. Gl 4, 4 ).
Ajoelhamo-nos como os pastores diante da manjedoura de Belém; como os magos que vieram do Oriente adoramos Cristo, Salvador do mundo. Como o velho Simeão, estreitamo-l'O entre os braços e bendizemos a Deus, porque os nossos olhos viram a salvação que Ele preparou diante de todos os povos: Luz para iluminar as nações e glória do povo de Israel (cf. Lc 2, 30-32).
3. "In supremae nocte cenae... se dat suis manibus". Na Última Ceia, ao celebrar a Páscoa com os seus discípulos, Cristo ofereceu-Se a si mesmo por nós e ali permanece em atenta adoração. Revive o grande mistério da Encarnação, concentrando o seu olhar no Sacramento em que Cristo nos entregou o memorial da sua Paixão: Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós... Este cálice é a nova aliança no Meu sangue... que por vós se vai derramar" (Lc 22, 19-20).
Nós Vos adoramos, verdadeiro Corpo de Cristo, presente no Sacramento da nova e eterna Aliança, vivo memorial do sacrifício redentor. Vós, Senhor, sois o Pão vivo descido do céu, que dá vida ao homem! Na Cruz destes a vossa carne para a vida do mundo (cf. Jo 6, 51): in cruce pro homine!
Diante de mistério tão sublime a mente humana desorienta-se. Mas confortada pela graça divina, ousa repetir com fé:
Adoro-Vos, ó Deu escondido, que sob as sagradas espécies Vos escondeis realmente.
4. "Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança no chamamento que recebestes" (Ef 4, 4).
Nestas palavraso apóstolo Paulo fala da Igreja, comunidade dos crentes congregados na unidade de um só corpo, animados pelo mesmo Espírito e sustentados pela partilha da mesma esperança. Paulo pensa na realidade do Corpo místico de Cristo, que no seu Corpo eucarístico encontra o próprio centro vital, do qual flui a energia da graça para cada um dos seus membros.
Afirma o Apóstolo: "O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Uma vez que há um só pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" (1 Cor 10, 16-17). Deste modo, todos nós, batizados, nos tornamos membros daquele corpo e por isso membros uns dos outros (cf. 1 Cor 12, 27; Rm 12, 5). Com íntimo reconhecimento damos graças a Deus, que da Eucaristia fez o Sacramento da nossa plena comunhão com Ele e com os irmãos.
E Vós, ó Cristo, única Cabeça e Salvador, atraí para Vós todos os vossos membros. Uni-os e transformai-os no vosso amor, para que a Igreja resplandeça com aquela beleza sobrenatural que brilha nos Santos de todas as épocas e nações, nos mártires, nos confessores, nas virgens e nas inúmeras testemunhas do Evangelho!
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II DURANTE A SOLENE CELEBRAÇÃO DAS VÉSPERAS PARA A ABERTURA DOCONGRESSO EUCARÍSTICO INTERNACIONAL
Domingo, 18 de junho de 2000

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